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TAMBURATO, MDF, MDP, OSB... A MADEIRA POR TRÁS DE NOMES E SIGLAS


POR QUÊ TRANFORMAR A MADEIRA?

Enquanto trabalhada sob a forma de peças serradas, a madeira maciça apresenta excelentes propriedades mas também alta heterogeneidade e anisotropia das quais derivam uma boa parte das falhas de comportamento.

Visando minimizar estes defeitos, foram desenvolvidos processos capazes de reestruturar a madeira como material e torná-la mais homogênea. Esta á a base do conceito de madeira transformada. Reduzindo a madeira a fragmentos cada vez menores e reagrupando-os com adesivos, uniformiza-se grande parte das características do produto.

Muitos produtos de madeira transformada são empregados atualmente pela indústria: compensados, laminados, painéis de fibra, MDF, etc.


A estrutura da madeira processada e reorganizada apresenta várias características satisfatórias:

•Maior homogeneidade no comportamento físico e mecânico e melhoria das propriedades tecnológicas.
•Possibilidade de receber tratamentos com resultados mais satisfatórios em secagem, preservação, etc., durante a fragmentação que antecede a aglomeração ou colagem.
•Possibilidade de se confeccionar peças de grandes dimensões requisitadas pela indústria.
•Aproveitamento da quase totalidade do material lenhoso de uma árvore, melhorando o desempenho ambiental.

MADEIRA LAMINADA


Tábuas de espessura fina, com até 25mm, coladas sobrepostas umas as outras. A idéia vem de 1905 e pertence ao engenheiro alemão Otto Hetzer. A resistência à flexão e à compressão axial aumentam consideravelmente em relação a madeira natural.

O processo é simples: a madeira é cortada em forma de tábuas, seca em estufa, tratada ou não, aplainada, colada e então prensada geralmente na forma de vigas.




COMPENSADO MULTILAMINADO


Madeira laminada compensada, ou contraplacados, é obtida pela colagem de peças de lâminas de madeira retiradas em um torno, como se fosse uma bobina de papel sendo desenrolada ou de uma laminadora que retira as lâminas em camadas. As lâminas são cortadas em guilhotinas em tamanhos padronizados e sobrepostas de modo que as fibras fiquem orientadas em sentido perpendicular umas as outras. O número de camadas é sempre ímpar.

O método foi patenteado em 1886 por Witikowski, mas o processo de recobrir a madeira já era conhecido desde o antigo Egito. A grande vantagem da madeira compensada é a diminuição das variações dimensionais causadas pela retratibilidade, ideal para móveis.

A resistência do laminado compensado depende da espécie de madeira utilizada, do tipo de cola, número de lâminas e espessura de cada uma. Na construção civil é muito ulitizado para confecção de fôrmas para concreto e telhados.

O Compensado Naval, no qual as lâminas são unidas com cola fenólica ou à prova d'àgua, se aplica bem, como sugere o nome, à fabricação de barcos e em mobiliário em locais sujeitos à grande umidade.


COMPENSADO SARRAFEADO


No compensado sarrafeado, seu miolo é formado de diversos sarrafos de madeira dispostos um ao lado do outro, revestidos por lâminas em ambas as faces do painel. Existe também o Compensado Multi-Sarrafeado, no lugar dos sarrafos maciços em seu interior leva lâminas de aproximadamente 3mm coladas dispostas perpendicularmente à superfície da chapa, fazendo um miolo bem compacto e mais resistente ao empenamento. É considerada mais estável mas é pequena a sua disponibilidade no mercado.

AGLOMERADO


São painéis de partículas de madeira de eucalipto ou pinus impregnados com resinas sintéticas submetidas ao calor e pressão. Disponível sem revestimento e nos revestimentos em Baixa Pressão (BP) e em lâmina celulósica Finish Foil (FF), os painéis de aglomerado oferecem versatilidade de cores, diversos padrões decorativos e excelente performance físico-mecânica.

Apresentam excelente estabilidade dimensional e alto nível de desempenho, resistindo ao empenamento. Sem veios ou nós, permite corte e usinagem em qualquer direção.

Estes painéis são muito utilizados com matéria-prima para a indústria moveleira para a produção de móveis residenciais populares, de escritórios, gabinetes de banheiro, copas e cozinha, racks e estantes. Nos últimos anos tem sido frequente a sua substituição pelo MDP e pelo MDF.

MDF


O “Medium Density Fiberboard”, em português a designação é placa de fibra de madeira de média densidade. É fabricado através da aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros aditivos. O material é moldado em painéis lisos sob alta temperatura e pressão. Para a obtenção das fibras, a madeira é cortada em pequenos cavacos que, em seguida, são triturados por equipamentos denominados desfibradores.

Produto relativamente recente, foi fabricado pela primeira vez no início dos anos 60 nos Estados Unidos. Em meados da década de 70, chegou à Europa, quando passou a ser produzido na antiga República Democrática Alemã e, posteriormente em 1977, foi introduzido na Europa Ocidental através da Espanha. No Brasil, a primeira indústria iniciou sua produção no segundo semestre de 1997.

O MDF possui consistência e algumas características mecânicas que se aproximam às da madeira maciça. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são superiores aos da madeira aglomerada, caracterizando-se, também, por possuir boa estabilidade dimensional e grande capacidade de usinagem. As chapas de MDF são fabricadas com diferentes características, que variam em função de sua utilização final. Como exemplo citamos, além das chapas “standard”, as chapas “FR” - resistentes ao fogo e as chapas “MR” - resistentes à umidade, que são usadas em ambientes externos. Existem também chapas de maior resistência mecânica “HD”, fabricadas com maior quantidade de fibras e resinas, o que lhes permite aplicações que requeiram maior resistência à flexão ou ao impacto, como a fabricação de pisos laminados.

MDP


“Medium Density Particleboard”, ou Painel de Partículas de Média Densidade. Apesar de serem visualmente parecidos, o que podemos dizer é que o MDP é uma Nova Geração de Painéis de Partículas, totalmente distinto do aglomerado de antigamente e com propriedades mecânicas e acabamento superiores. Tanto o MDP quanto o Aglomerado são painéis de partículas, ou seja, são produzidos através da aglutinação de partículas de madeira sobre a ação simultânea de pressão e calor.

Entretanto o MDP possue propriedades superiores derivadas da adoção de modernas tecnologias de produção, softwares de última geração e resinas especiais.

OSB


Produzido a partir de madeira reflorestada, geralmente de Pinus, emulsão parafínica, resinas resistentes à umidade e água, o “Oriented Strand Board” é um painel de madeira composto à partir de três a cinco camadas, dependendo do fabricante, cruzadas de tiras de madeira orientadas, produzido a partir de madeira. No Brasil geralmente são 4 camadas. Segue o princípio do compensado no qual as lâminas torneadas são dispostas perpendicularmente de acordo com a direção das fibras, mas no OSB se utiliza 96% da madeira, na forma de microlâminas, contra 56% do compensado o que permite otimizar o custo do produto, tornando-o ecologicamente mais eficiente.

TAMBURATO


Painel estrutural composto, produzido com camadas externas de partículas finas de madeira prensada, com espessura de cerca de 7 mm, e miolo em “Honeycomb” - colméia de papel reciclado. O resultado é um painel para fabricação de móveis robustos, que exigem espessuras grossas, leveza no peso e excelente desempenho. Além de ecologicamente correto, o Tamburato possibilita várias aplicações, acompanhando as tendências mundiais de design de móveis robustos. Em marcenaria aeronautica é usado um tipo de tamburato com colméia de alumínio.

PAINÉIS COMPOSTOS


Paineis compostos atendem algumas necessidades específicas, a exemplo de aglomerados em que são usados como aglomerante o cimento portland ou o gesso, utilizados na construção civil. Entre os diversos tipos destaca-se um tipo de painel multi-sarrafeado de uso muito difundido na construção civil, especialmente em aplicações em ambientes comerciais. O miolo é formado por inúmeras lâminas de madeira revestido em ambos os lados por chapas de fibrocimento. As bordas recebem sarrafos maciços. Antigamente as placas cimentícias tinham amianto adicionadas à sua composição, porém devido à restrições recentes ao uso deste material ele foi substituído por fibras sintéticas, inofensivas à saúde dos que o manuseiam.

CHAPA DURA




A Chapa-Dura, também conhecida como Chapa de Fibra, é produzida de fibras de madeira assim como o MDF, especialmente madeira de Eucalyptus. As fibras são prensadas à quente por um processo úmido que faz com que os aglutinantes naturais da madeira reajam, formando uma chapa plana e de alta densidade.

Reconhecidas por sua variedade de acabamento e multiplicidade de uso e resistência, as chapas de fibras atendem às exigências de inúmeras aplicações das indústrias moveleira, automobilística, embalagens, bebidas, artefatos de madeira, brinquedos, marcenarias e instalações comerciais.


BLOCKBOARD


Fabricado com madeira maciça de reflorestamento ecologicamente correta de pinus, eucalipto ou teca jovem, produzidos com a junção de pequenos pedaços de madeiras maciça ( lamelas ) com cola especial. Alia a beleza da madeira maciça natural com a praticidade do painel industrializado. É sofisticado e diferenciado.






TS




A Divisória TS é um painel Laminado Melamínico Estrutural muito utilizado para fazer divisórias sanitárias. Esse material é resultante da prensagem em alta pressão de várias lâminas
de papel Kraft impregnados com resinas fenólicas / melamínicas.
O resultado desta prensagem é um painel homogêneo em sua composição e
decorado em ambas as faces com vários padrões a escolher.
A Divisória TS contém em sua massa e superfície agentes fungicidas e bactericidas, o que garante uma perfeita higienização e a não proliferação de micro organismos o que é muito importante nas áreas de sanitários.


NAVAL




Basicamente constituído por um sistema de encaixe entre painéis modulares nos padrões de cores lisas e perfis em aço galvanizado com várias opções de cores.
Sistema muito utilizado em ambientes de escritórios, residências, lojas e outros, com possibilidade de passagem de fios e cabos por meio dos perfis de montantes e rodapés.


















Fontes:
Movelaria Paranista 2008
conhecendoamadeira.com
estruturasdemadeira.blogspot.com
Fmachado
Portal OSB
Masisa
Eucatex
Satipel
Eternit
Novas tendências do Salão de Milão 2010




Confira 13 tendências para decoração



Revestimentos com textura de madeiras claras e naturais com toque acetinado e, nos armários, do tipo linho




Trocar os móveis, a cor das paredes, os objetos de decoração. Qualquer pequena mudança na casa, quando bem feita, tem o poder de renovar os ambientes e torná-los mais aconchegantes. Quer investir nas tendências? Então, confira 13 delas listadas pelos arquitetos Marcelo Rosset, Maricy Borges e Vivian Coser, e a diretora de relacionamento da marca italiana de móveis Brinna, Luiza Cini, que participaram do 49ª edição do Salão Internacional do Móvel de Milão, Itália, em abril.

- Patricia Zwipp




Vale dizer que, antes de colocar as ideias em prática, é preciso cautela. Não se pode misturar tudo num só ambiente ou móvel. "É preciso saber dosar e utilizar cada uma das tendências dentro do contexto", disse Luiza. Deixe o bom senso imperar e confira as apostas:



1) Para a cozinha, utilização de acabamentos imitando os veios da madeira com predomínio do branco;



2) Iluminação com LEDs RGB e o Corian (material sintético criado pela DuPont que combina minerais naturais e polímero acrílico puro) em banheiros, spas e cozinhas;



3) Plástico presente nos mais diferentes tipos de móveis;



4) Revestimentos com textura de madeiras claras e naturais com toque acetinado e, nos armários, do tipo linho;



5) Desconstrução, que leva à mobília remontada, revista;



6) Origami, arte japonesa de formar figuras por meio de dobraduras, presente nas peças;



7) Uso do entrelaçado;



8) Formas orgânicas (imitação de formas da natureza, normalmente com curvas acentuadas) e materiais sustentáveis;



9) Ideia de cheio e vazio, com espaços fechados e abertos combinando;



10) Laca fosca em toda a parte do mobiliário e cozinha;



11) O vidro continua a ser o principal elemento nas cozinhas, não só na frente dos móveis, mas também nos tampos e laterais;



12) Metal combinado com madeira;



13) Texturas presentes em madeiras, vidros, mármores.

Créditos; Amigos da fábrica